segunda-feira, 18 de outubro de 2010

NO CORAÇÃO DO NEPAL

O Pr Ratna (Um dos pastores adotados pela RIC no Nepal) me levou a um complexo de templos hindus. Fiquei chocado. Até então todas aquelas fotos que circulam pela internet mostrando as práticas (para nós) absurdas do hinduísmo, não passavam de algo distante, e ainda que registrado pelas fotografias, pareciam mais com imagens tiradas de uma ficção de horror, do que da própria realidade.
Pude observar pessoalmente aquele estado de profunda desgraça espiritual em que este povo se encontra chafurdado.

Na verdade ele não tinha a intenção de me levar ao tal lugar, mas como ao passarmos pela área, vi muitos macacos brincando aos bandos, ele me perguntou se eu gostaria de tirar algumas fotos. Os macacos se concentravam ali porque, como vim saber mais tarde, na área havia um complexo de templos inclusive o templo do deus  que esqueci dos macacos e quando fui ver estávamos dentro do recinto “sagrado.” Só a vista dos sacerdotes hindus já revelam o quanto são oprimidos. O choque cultural causa estranheza mas o opressão é mesmo flagrante. 

O Pr Ratna foi um sacerdote Hindu. Enquanto andávamos pelas ruelas milenares de Katmandu me falava acerca do lugar e dos seus rituais. Chegamos a um certo lugar onde havia muita fumaça e na medida em que o vento soprava, um cheiro estranho impregnava o ar e nossas roupas. Foi então que, para o meu terror mais completo ele apontou para uma série de piras onde muitos corpos estavam sendo queimados. Quando percebi que aquela fumaça que nos envolvia era a fumaça dos corpos queimados tive vontade de sair correndo, mas já era tarde pois estávamos completamente defumados...

Um misto de perplexidade e dor sequestraram meu coração. Desejei imensamente intensificar o apoio à frágil igreja Nepalesa. Os cristãos no Nepal são muito poucos mas a Igreja tem crescido apesar das restrições e ameaças. Suas necessidades são imensas e os pastores em sua maioria são muito carentes. Passe ao Nepal e ajude-nos. Com pastores bem assistidos temos esperança de vermos o trabalho florescer na terra que hoje ainda encontra-se sob trevas espessas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário